Quem diz que as novidades tecnológicas demoram a chegar no Brasil teve que engolir as palavras na última semana, quando a pizzaria Vero Verde, da cidade de Santo André, na região metropolitana de São Paulo, liberou as imagens de seu primeiro teste de entrega com drones. Realizado em outubro, o experimento foi capaz de levar o prato ao cliente em cinco minutos, metade do tempo necessário para que um motoboy percorresse o mesmo percurso, deixando-o lá sem problemas.
A ação, no entanto, gerou um impasse com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a FAB (Força Aérea Brasileira), que agora estão investigando o caso, de acordo com as informações do G1. Ainda não existe regulamentação para o uso de aeronaves não-tripuladas em território nacional e, de acordo com as organizações, a pizzaria nem mesmo pediu autorização para realizar os testes. O caso será investigado juntamente com uma ação das camisarias Colombo, que também fez uso indevido de drones na última edição da Black Friday.
rata-se do mesmo imbróglio pelo qual passam empresas internacionais como a Domino’s, também do ramo das pizzarias, e a Amazon, a primeira a falar em um serviço de entrega por drones. Lá fora, ambas as empresas foram impedidas de aplicar o sistema na prática devido à ausência de normas que regulam o espaço aéreo compartilhado entre aeronaves comuns e as não-tripuladas.
No Brasil, a situação é basicamente a mesma. Segundo a Anac, caso a pizzaria deseje substituir sua equipe de motoboys pelos drones, deverá aguardar por normas que regulem sua utilização. Além disso, o teste também deveria ter recebido autorização por parte da agência e, como isso não aconteceu, está sujeito a punições pela irregularidade.
De acordo com a agência, todas as decolagens de drones ou qualquer tipo de aeronave não-tripulada precisa ser autorizada pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Mesmo em caso de testes, como o realizado pela Vero Verde, é necessária a emissão de um certificado de voo experimental, também aprovado pela Anac. Os responsáveis pela pizzaria se defendem afirmando que o teste foi uma operação de baixa altitude e, por isso, acreditaram não ser necessária autorização. É justamente isso que a agência vai investigar.
A Anac garantiu que a legislação em relação ao uso de drones já está em andamento e deve entrar em audiência pública em breve. Ainda não existe prazo para o estabelecimento das normas, mas o órgão diz estar conversando com outros países para garantir a aplicação de regras que visem a segurança, mas, na mesma medida, permitam a utilização comercial das aeronaves.
Motoboys “enciumados”
E, em uma nota no mínimo curiosa, parece que não foram só as agências governamentais que estão de olho no uso de drones para a entrega de pizzas. Ainda de acordo com o G1, os motoboys da pizzaria, os principais afetados pela aplicação de um sistema de entrega por drones, também se mostraram preocupados com a questão, brincando com o fato do robô ser incapaz de levar garrafas de refrigerante, máquinas de cartão de crédito ou até mesmo moedas para o troco.
O peso da própria pizza, de pepperoni, já foi citado como um empecilho pelo estabelecimento por, segundo eles, ser pesada demais. E olha que, nas imagens, dá para perceber que se trata de um prato individual. Além disso, o vento também foi citado como um fator que teria atrapalhado a realização dos testes, mesmo com a entrega acontecendo na metade do tempo que levaria caso fosse realizada por um motoboy.
E, em uma nota no mínimo curiosa, parece que não foram só as agências governamentais que estão de olho no uso de drones para a entrega de pizzas. Ainda de acordo com o G1, os motoboys da pizzaria, os principais afetados pela aplicação de um sistema de entrega por drones, também se mostraram preocupados com a questão, brincando com o fato do robô ser incapaz de levar garrafas de refrigerante, máquinas de cartão de crédito ou até mesmo moedas para o troco.
O peso da própria pizza, de pepperoni, já foi citado como um empecilho pelo estabelecimento por, segundo eles, ser pesada demais. E olha que, nas imagens, dá para perceber que se trata de um prato individual. Além disso, o vento também foi citado como um fator que teria atrapalhado a realização dos testes, mesmo com a entrega acontecendo na metade do tempo que levaria caso fosse realizada por um motoboy.
FONTE: canaltech.com.br
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